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sábado, 3 de setembro de 2011

Questão de cheiro

A Granado restaurou a Phebo ao recuperar o odor tradicional




Antes de ser uma marca que fatura 60 milhões de reais anualmente, a Phebo, 80 anos, andou pelas mãos globais de P&G e Sara Lee. Em 2004, comprada pelo grupo brasileiro Granado Pharmácias, passou por um bem sucedido reposicionamento da marca, que trouxe de volta a fragrância tradicional “Odor de Rosas”, hoje com 5 milhões de unidades vendidas ao ano.

Nascido em Belém do Pará, na década de 30, o “sabonete de charme inglês”, como dizia o slogan, foi uma invenção dos primos Antonio e Mário Santiago, portugueses emigrados para o Brasil, que se inspiraram, por sua vez, em um sabonete inglês chamado Pears Soap.

A ideia original era criar um sabonete que fosse tão bom quanto os ingleses e franceses, considerados na época os melhores do mundo. Daí o inconfundível formato oval, a cor transparente e o “odor de rosas”, estrategicamente pensados pelos perfumistas lusitanos. Deus do Sol, dos astros e da luz, para os gregos antigos, o nome Phebo batizou primeiramente o sabonete – mais adiante, toda a empresa.

“O sabonete Phebo era o que havia de mais sofisticado, usado em dias especiais”, diz Sissi Freeman, diretora de marketing da Granado. No início da década de 40, conta Sissi, a empresa lançou, em garrafas de meio litro, a lavanda Phebo, inspirada nos Alpes suíços e que pouco depois foi renomeada como Seiva de Alfazema – e assim nascia mais um clássico da perfumaria nacional.

Mário Santiago desenvolveria os sabonetes Phebo até os anos 1980, quando resolveu terceirizar a fabricação da fragrância. Foi então que novas opções, como Patchouly, Naturelle e Amazonian, foram desenvolvidas, sempre mantendo a mesma base e a formulação original. Acompanhando as estratégias de mercado, em 1988 a marca foi vendida para a multinacional Procter&Gamble, como porta de entrada da holding no País.

Estratégia equivocada

Professor da ESPM, Ivan Pinto considera que essa foi uma estratégia equivocada. Como Phebo era um sabonete premium, diz o especialista, não poderia concorrer diretamente com Lux, da Unilever. “Outra grande questão foi a entrada de Dove (também da Unilever) no mercado, com a promessa de 25% de creme hidratante, diferente de Phebo, à base de glicerina”, diz Pinto.

Dez anos depois, a P&G, segundo a própria, definiu novas estratégias de mercado, vendeu a marca Phebo, mas manteve Seiva de Alfazema em seu portfólio até hoje. A marca octogenária foi então parar nas mãos da Sara Lee, que tal qual a P&G, ingressou no mercado brasileiro através do sabonete, por meio de uma joint venture.

Neste período de transição, a fórmula de Phebo foi alterada, descaracterizando o produto. A busca por aliar escala de produção e preços competitivos, além de mudar o target, pode ter levado às mudanças no preparo. Quando, em 2004, a Granado entrou em cena, o odor de rosas não era o que ficara na memória afetiva dos consumidores.

Recuperação

A Granado, então, recorreu a Renato Salvi, um dos perfumistas que trabalhou na fórmula do produto no final dos anos 70. “Fizemos um teste cego com dois produtos: um com o odor que estava sendo produzido, outro com o antigo. Quando mostrávamos para as pessoas, elas diziam que o primeiro não era Phebo. Mas, quando sentiam o odor do segundo, começavam a lembrar de histórias, dos avós”, conta Sissi.

Além de trabalhar para que a fragrância dos sabonetes retomasse suas características tradicionais, a Granado resgatou a identidade visual do produto. Retomado o design retrô das embalagens, com a tradicional coroa de rosas, o produto hoje detém cerca de 50% do mercado de sabonetes de glicerina. E possui uma ampla linha de “filhotes”, como sabonetes em barra e líquido, disponíveis em oito fragrâncias.

Mais recentemente, a estilista Isabela Capeto assinou uma linha de perfumes, fortalecendo o aspecto premium da marca. Os sabonetes em barra continuam a ser produzidos em Belém. Os demais produtos são fabricados no Rio de Janeiro, sede da Granado.




Hellmann's quer ir além do sanduíche

Marca dá continuidade a campanha que estimula o uso de maionese em pratos quentes

Cris Simon, de

"Tenha um caso agora. Arrependa-se depois", diz site de traição

Rio de Janeiro foi a primeira a receber a campanha publicitária do site norte-americano The Ohhtel


Divulgação

Anúncio do site The Ohhtel

Mote do outdoor, “Tenha um caso agora. Arrependa-se depois”, traz uma imagem simbólica para os cariocas: o Cristo Redentor

São Paulo - A cidade do Rio de Janeiro foi a primeira a receber a campanha publicitária do site norte-americano The Ohhtel, voltado para casais insatisfeitos em seu relacionamento e que desejam ter amantes para casos discretos.

O mote do outdoor, “Tenha um caso agora. Arrependa-se depois”, traz uma imagem simbólica para os cariocas: o Cristo Redentor. Em breve, o anúncio deve chegar a outros estados brasileiros e será veiculado em canais de televisão, mas o tema ainda não foi revelado. O site, há 50 dias no país, já possui 250.759 mil usuários.

De acordo com Laís Ranna, vice-presidente do site, no Brasil, a capital do Rio de Janeiro foi escolhida porque a cidade está atrás de São Paulo no número de membros.

“Foi uma surpresa para nós ter os paulistas no topo da lista entre as cidades que mais utilizam nosso serviço. Há muita crença de que eles são mais conservadores que os cariocas. Mas nossos números mostraram o contrário: um dia antes do outdoor ser lançado registrávamos 57 mil usuários de São Paulo e apenas 30 mil do Rio. Depois do anúncio, o site teve um aumento de 57% no número de cariocas inscritos e agora eles já são 47.467 mil membros. Mas os paulistanos continuam na liderança, elevando o número de inscritos para 65.393 mil usuários”, explica.

Ranna, que é brasileira radicada nos Estados Unidos, afirma que, na cultura conservadora e tradicionalista do Brasil, a traição ainda é uma questão forte e classificada como imoral.

“Nós queremos oferecer algo a mais para quem ainda ama seu parceiro, mas, por diversos motivos, não se sente feliz sexualmente. E, em vez de se divorciar, nós queremos que essas pessoas sejam felizes com suas famílias, mas também se sintam realizadas sexualmente sem que isso modifique o sentimento que têm pelos filhos e marido ou esposa”, reforça.

40% das pessoas usam redes sociais e TV ao mesmo tempo

Estudo também mostra que o uso das mídias sociais impactou a forma como as pessoas assistem à TV


Stock.xchng

Televisão em casa

TV e o vídeo não foram afetados negativamente pela internet da mesma maneira que a mídia impressa

São Paulo - O ConsumerLab da Ericsson divulgou os resultados do seu estudo anual “TV & Video Consumer Trend Report 2011”, que mostra que as pessoas estão passando menos tempo assistindo às transmissões de TV programadas e estão gastando mais tempo assistindo à TV online via streaming e sob demanda.

Mais de 44% dos entrevistados afirmaram que assistem à TV sob demanda pela internet mais de uma vez por semana, enquanto 80% assistem a transmissões de TV mais de uma vez por semana.

Foram coletados dados na Alemanha, Austrália, Áustria, Brasil, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Reino Unido, Rússia, Suécia e Taiwan. No total, foram conduzidas 22 entrevistas qualitativas e 13 mil quantitativas, o que representa quase 400 milhões de consumidores.

De acordo com Anders Erlandsson, conselheiro sênior do Ericsson ConsumerLab, “as pessoas querem poder escolher entre a programação e o vídeo sob demanda.

A TV e o vídeo não foram afetados negativamente pela internet da mesma maneira que a mídia impressa. Nós apenas assistimos à TV de mais formas do que antes”.

O estudo também mostra que o uso das mídias sociais impactou a forma como as pessoas assistem à TV. Mais de 40% dos entrevistados afirmaram que usam as mídias sociais em vários dispositivos, como smartphones e tablets, enquanto assistem à TV.

“Nossas entrevistas aprofundadas – especialmente aquelas feitas nos EUA, que estão na vanguarda das tendências de consumo em TV e vídeo – mostram como o uso das mídias sociais impacta a forma de se assistir à TV. A maioria das famílias combinam a TV com o uso do Twitter, Facebook, mensagens de texto, chamadas de voz e fóruns de discussão sobre o que estavam assistindo. É assim especialmente quando assistem a reality shows e esportes. Essa comunicação agrega uma nova dimensão à experiência de TV, à medida que os consumidores acham um reality show irritante mais divertido quando podem comentar nas mídias sociais sobre os cantores 'horríveis', as roupas 'feias' ou quando seu time favorito faz um gol”, diz Erlandsson.

Em termos do que os consumidores mais esperam da sua TV, a boa qualidade permanece sendo o principal fator e ela é mais importante do que, por exemplo, a disponibilidade de TV 3D e acesso a aplicações.

A pesquisa também mostra quantas horas por semana em média as pessoas passam vendo TV e que porcentagem do total elas estão usando conteúdo sob demanda. As pessoas na Alemanha passam pelo menos 25 horas por semana assistindo a TV e vídeo, mas apenas 28% deste conteúdo é sob demanda. Na Espanha, 44% de toda a audiência é sob demanda.


P&G lança oito produtos ainda em 2011 e traz nova marca para o Brasil

Até o fim do ano, empresa amplia linhas de Oral-B, Pantene, Gillette, Pampers e Koleston


Sylvia de Sá, do

Divulgação

Koleston, da P%26G

Koleston Espuma: coloração permanente em forma de espuma deve ser lançada nos próximos meses

Rio de Janeiro - A Procter & Gamble aposta na inovação e amplia o portfólio para estar cada vez mais dentro dos lares brasileiros. Depois de crescer 23% em 2010, a empresa, que na última década aumentou sua presença no país em sete vezes, se prepara para lançar oito produtos a partir do próximo trimestre.

Além da extensão de linhas e de marcas já conhecidas como Pantene, Oral-B e Gillette, a empresa traz Pro-Vital para o mercado nacional, uma coloração permanente que promote hidratar durante a aplicação.

As novidades frequentes são resultado de estudos aprofundados e constantes sobre o comportamento do shopper brasileiro, que acabam por guiar, além dos lançamentos, toda a estratégia de marketing e comunicação da multinacional.

A partir do segundo semestre de 2011, a P&G passa a contar com um time de embaixadores que pretende aproximar ainda mais a marca mãe e as submarcas dos consumidores.

Entre eles está o apresentador Fausto Silva, com quem a companhia acabou de renovar o contrato da ação “Avião do Faustão” até o fim de 2012, iniciativa importante para aumentar o conhecimento das marcas no Brasil, que no último ano passou de 50% para 65%.

“Temos um novo grupo de embaixadores corporativos. Ações como essas são muito benéficas para alavancar o conhecimento das marcas e emprestar a reputação de uma para outra”, explica Gabriela Onofre, diretora de assuntos corporativos da P&G Brasil.

Pantene Institute

Neste momento, além da inédita Pro-Vital, a Head&Shoulders, que chegou por aqui em 2010, amplia sua linha com o lançamento do creme de tratamento anticaspa.

A Koleston também ganhou uma novidade, o Koleston Espuma, uma coloração permanente em forma de espuma, que pretende facilitar e dar mais praticidade na hora da aplicação.

Já a Pantene lança a nova geração de condicionadores sem sal com a Fórmula Inteligente Pro-V. A marca terá ainda o Pantene Institute, uma aliança com especialistas para promover o entendimento mais profundo da saúde do cabelo e desenvolver tecnologias.

O forte investimento em produtos para tratamento capilar não é à toa. O Brasil é um dos maiores mercados do setor no mundo e o principal quando o assunto é condicionador.

“O objetivo é crescer com Head&Shoulders no segmento de anticaspas. Hoje, a marca tem uma participação total de mercado de 2%, além de 15,6% de share na categoria de anticaspas. Dos lançamentos do ano passado, sem dúvida, Head&Shoulders foi o que teve construção de marca mais rápida”, conta Gabriela.

Investimentos no trade

Quem também ganhou novos produtos é a Oral-B, com o lançamento de Pro-Saúde Clinical Protection Cuidado da Gengiva e Pro-Saúde Clinical Sensitive. Marcas de base, que estão há mais tempo no país, também receberam investimento. Pampers terá a versão Recém-Nascido e Gillette apresenta o novo desodorante antitranspirante Gillette.

Para promover as novidades, as marcas contarão com os embaixadores. Luciano Huck ficará a cargo de Gillette e será a estrela de uma promoção que dará prêmios diários de R$ 1 mil e sorteará um carro, enquanto Angelica será o rosto da quinta edição da seleção Bebê Hipoglós Amêndoas.

A P&G terá ainda parceiros como Ana Maria Braga, Ronaldo, Rodrigo Faro, Ganso, Kaka, Sabrina Sato e Paola Oliveira na comunicação de suas diferentes marcas. O ponto de venda é outra prioridade da multinacional.

“O trade é nosso parceiro comercial. Sem ele, não chegamos direto no consumidor. Há categorias que não entram na lista de compras, como Gillette e Oral-B. Cerca de 56% das pessoas só lembram desses produtos quando chegam no ponto de venda. Se o consumidor não esbarrar com a lâmina no percurso, não comprará. Por isso, o checkout é um posicionamento importante”, diz Gabriela.

Estudos sobre o shopper brasileiro

Os estudos da empresa levam em consideração o perfil do shopper brasileiro e também os diferentes tipos de varejistas. Para a categoria de fraldas, a P&G desenvolveu uma solução que separa os produtos por tamanho e segmento, para facilitar o processo de compra.

“Um comprador de fraldas geralmente adquire Hipoglós, por exemplo. Se ele não encontra a fralda no PDV, vai embora e leva com ele todo o potencial de compra”.

O mesmo foi pensado em relação ao shopper masculino. Como os homens passam menos tempo no supermercado, a empresa desenvolveu uma prateleira que conta com todos os produtos para este perfil de consumidor, inclusive os que não são comercializados pela P&G, como preservativos.

O processo compreende o entendimento da psicologia do consumidor como comprador e o lançamento de um projeto piloto com alguns clientes para entender os benefícios para o shopper, o varejista e a Procter. Depois de testada, a ação vai para outros pontos de venda e, se for bem sucedida, pode gerar um aumento nas vendas da categoria de 20% a 30%.

Lançamentos constantes

Além dos lançamentos previstos, a P&G vem trabalhando também com foco em produtos trazidos recentemente para o Brasil. Caso do amaciante de roupas concentrado Downy, presente no México há quase sete anos.

A estratégia da marca por aqui é oferecer um diferencial para os consumidores do Nordeste, que vivenciam os problemas da seca. “O grande benefício é o perfume de loga duração e a ação que corta a espuma, utilizando menos água para enxaguar. No mercado nordestino vamos explorar dessa maneira”, conta a executiva da P&G.

Os lançamentos constantes fazem parte do planejamento da Procter&Gamble de colocar ao menos duas ou três novas marcas no Brasil por ano.

Com o aquecimento da economia e o crescente potencial de compra dos brasileiros, a empresa vê aumentar as chances de negócios no país. Se nas últimas décadas as inovações eram basicamente de sabor ou perfume, pela concorrência menor e o pouco investimento em tecnologia, hoje, o mercado quer mais.

“O consumidor brasileiro é muito exigente e está mais aberto a novidades. Ele também dá importância à relação de custo-benefício, por isso a necessidade da primeira experimentação. Temos 24 marcas no Brasil e mais de 250 globalmente. Há um potencial imenso para entrar com novos produtos e categorias no país e a tendência é continuar assim”, ressalta Gabriela.