Visitantes

contador de visitas para blog

terça-feira, 25 de maio de 2010

Guerra contra o terror chega à publicidade

O slogan "Veja algo, diga algo", veiculado em 2003, mostrou sua eficácia após o recente caso do carro-bomba em Times Square

Quando Lance Orton - o veterano de guerra que avisou a polícia sobre o carro-bomba deixando na Times Square, em Nova York no último dia 2 de maio - caminhou em direção aos repórter, solicitaram a ele que dissesse algo sobre seu ato heróico. A resposta foi simples: "Veja algo, diga algo".

É o sonho de qualquer anunciante. Isso porque Orton recitou parte do slogan de uma campanha da Autoridade de Trânsito Metropolitana, lançada logo após os ataques terroristas de 11 de setembro. A ideia da ação foi lembrar aos nova-iorquinos de avisarem quando vissem pacotes abandonados e pessoas com comportamento suspeito no transporte público.

"Estaria mentindo se previsse que seria um sucesso tão grande", diz Christopher P. Boylan, diretor-executivo de relações com a comunidade da autoridade de trânsito. "Não há nada melhor que pudéssemos esperar do que a repercussão da frase na semana passada".

O esforço de marketing lembra a importância de um bom slogan e de expô-lo, já que ônibus e metrôs da cidade trazem a mensagem desde 2003.

A ação foi criada pela Kay & Partners, uma shop nova-iorquina de 34 pessoas, que detém a conta desde 1992. A frase "Veja algo, diga algo" foi sua contribuição mais importante para o anunciante nesse período, em uma ideia do CEO Allen Kay. Sua inspiração? "Provavelmente um dos melhores slogans apareceu na Segunda Guerra Mundial, antes do meu nascimento: "Boca aberta, navios naufragados", disse. "Quis criar uma versão disso para o século XXI, mas para propagar o oposto: abra a boca!".

A campanha demorou algum tempo até ser lançada (somente em 2003), porque a autoridade de trânsito considerou "muito prematuro". "Eles consideraram que as pessoas poderiam entender isso como assustador, e deixar de sair às ruas". A ação só foi veiculada após pesquisas de grupos focais para entender a reação das pessoas.

Do Advertising Age.

Nenhum comentário:

Postar um comentário