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terça-feira, 25 de maio de 2010

Telefônica insiste na compra da Vivo

Tele espanhola muda estratégia, apresenta ganhos de 2,8 bilhões de euros com sinergias e se volta para os acionistas da Portugal Telecom

O fato de ter tido a proposta de aquisição da Vivo rechaçada pela Portugal Telecom (PT) não reduziu em nada a disposição da Telefónica em adquirir o controle da operadora brasileira que é líder em market share, com 54 milhões de assinantes.

Em teleconferência sobre os resultados trimestrais, o diretor financeiro da Telefónica de España, Santiago Fernández Valbuena, disse que, provavelmente, do ponto de vista econômico, a transação (a oferta à PT, não-solicitada, de 5,7 bilhões de euros pelo controle da Brasilcel, holding que controla a Vivo) tem mais sentido financeiro do que lançar uma oferta pública de ações (OPA) sobre a PT. Ou seja, a Telefónica poderia ter feito uma OPA mas optou pela proposta de aquisição da Brasilcel. Valbuena deixou claro, na teleconferência, que a Telefónica não descarta nenhuma oferta, inclusive uma OPA sobre a Vivo.

Mas a operadora espanhola mudou a estratégia: o diretor questionou o profissionalismo do conselho de administração da PT por recusar a oferta pela Vivo sem antes falar com todos os acionistas da operadora portuguesa. A Telefónica, que detém 10% do controle do capital da PT, segundo Valbuena, acredita que os acionistas têm que decidir sobre a oferta e que, portanto, deve ser convocada uma assembleia geral extraordinária para tanto.

Outro argumento usado por Valbuena é que os ganhos com a sinergia entre Telefônica no Brasil e Vivo podem chegar a 2,8 bilhões de euros. Com isso, segundo o jornal Cinco Días, da Espanha, a Telefónica fundamenta a oferta pela Vivo, ou seja, depois de onze anos de parceria entre Telefónica e PT no Brasil, a operadora espanhola estaria insatisfeita porque a PT sempre se negou a concordar com as iniciativas propostas pela tele espanhola, o que impede que se obtenha maiores ganhos na operação brasileira da Vivo.

Conforme o discurso de Valbuena, a Telefónica deve, portanto, conseguir a convocação da assembleia geral extraordinária, como membro do conselho de administração da PT, e tentar mais uma cartada pela aquisição da Vivo. Nos resultados divulgados por Valbuena, a Telefónica de España registrou um lucro líquido de 1,656 bilhão de euros, 2% acima do obtido no mesmo período do ano passado. As receitas chegaram a 13,932 bilhões de euros.

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